Uma ação conjunta das forças de segurança do Paraná resultou na prisão preventiva de um homem de 31 anos suspeito de promover o desmatamento de 106 hectares de floresta em Rio Azul, no Centro-Sul do Estado. A operação, realizada na manhã desta quinta-feira (6), em Rebouças, envolveu equipes da Polícia Civil (PCPR), Polícia Militar e Polícia Científica do Paraná.
De acordo com as investigações, o suspeito é apontado como responsável pela destruição de uma extensa área de Floresta Ombrófila Mista, pertencente ao bioma Mata Atlântica, em estágio médio e avançado de regeneração. O local incluía áreas de preservação permanente, como nascentes e margens de córregos.

Laudos da Polícia Científica confirmaram a extensão dos danos e constataram o uso de métodos ilegais, como corte de árvores, aplicação de produtos químicos e fogo. O laudo técnico indicou que a degradação foi intencional e de longa duração.
Segundo o delegado Thiago França Nunes, o investigado apresentou à polícia um contrato de arrendamento rural falsificado, supostamente criado para transferir a responsabilidade pelos danos ambientais a um trabalhador da propriedade. Diante disso, ele também responderá por falsificação de documento particular e fraude processual.

Durante a apuração, surgiram ainda indícios do crime de redução à condição análoga à de escravo, envolvendo um funcionário da fazenda. O caso foi encaminhado à Polícia Federal e ao Ministério Público do Trabalho para as medidas cabíveis.
“A prisão é resultado da cooperação entre as instituições no combate a crimes ambientais e na proteção do patrimônio natural do Estado”, afirmou o delegado Nunes.

A Adapar também colaborou com a investigação.

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